segunda-feira, 5 de maio de 2008

Poemas Apertados - 01

há um despertamento
entre tantos quandos
adormecidos e pontos

forma desajeitada
de perceber as horas
este emaranhado de galhos
nos quais embaraço desejos

há um tempo flácido
sem fim nem começo
para fazer segredos

tempo inventado em proza
rimado a amanheceres vagos
inversos dos amores meus

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei da (des)construção dos versos.Desse mostrar-se escondido em metáforas cegas aos olhos distraidos. Sobre o nao (pre)ocupar-se com o suor na poesia fiquemos com o velho G.Rosa:
" Mais tarde, Rosa justifica porque não continuou com a poesia, retornando à prosa:
"Principalmente, descobri que a poesia profissional, tal como se deve manejá-la na elaboração de poemas, pode ser a morte da poesia verdadeira. Por isso, retornei à “saga”, à lenda, ao conto simples, pois quem escreve estes assuntos é a vida e não a lei das regras chamadas poéticas.