terça-feira, 6 de maio de 2008

Meta-poesia 03

que
toda
convergência
é também
óbito

a vida
se dá
em enxurradas

estouram
manadas
conceituais

palavra em
descontensão......................................... infinita
produção

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse é meu titio escritor.
Belas Poesias.
Parabéns Bidgeli
Bjo

Anônimo disse...

Que ótimo! Nao preciso entender as poesias.O que preciso delas é ficar com os meus próprios questionamentos.Penso, com raiva,no meu professor de literatura que do alto da sua catedra perguntava com ares de torturador: -E então? O que o poeta quis dizer? Será que ele nao sabia que uma meta´poesia é antes de tudo narcisista? Que serve como plano de fundo para o auto questionamento do próprio poeta - a sua busca por sentidos? Agora sim posso degustar o que as palavras dizem. Nao dos poetas, mas de mim mesmo. Minhas reflexões, motivadas, é claro,pelos versos que leio aqui, colocam-me nas mãos o pincel para pintar o meu proprio quadro, ou nao.E como disse Manoel de Barros que "Todas as coisas cujos valores podem ser
disputados no cuspe à distância
servem para a poesia" não é preciso questionar a forma do verso, o conteúdo,nem aquilo que o poeta esconde/revela nas metáforas. E a poesia, à qual me refiro agora, consigo sim compreendê-la da mesma forma que sinto o Outono nas cores amareladas das copas das árvores. E nada entendo de árvores,nem de Outonos.