quinta-feira, 8 de maio de 2008

Para quinta-feira

O que setembro aprende com agosto?

Seus dias secos moldados em tempo sólido
A agonia do inverno em um cuidado pálido
As poucas tardes caladas a procura de fôlego

O reencontro evitado com fantasmas incômodos
A terapia embutida nos amores recônditos
A incerteza concreta sobre um futuro insólito

A poesia encontrada num momento mecânico
As tantas cartas paradas nas respostas atônitas
O vai-e-vem calejado em tentativas biônicas

O não saber assustado feito em bomba atômica
A luz do sol diluída em noite eterna e intacta
O vir-a-ser enterrado sob uma montanha cármica

As construções permitidas na ascendência esférica

Nenhum comentário: