O que setembro aprende com agosto?
Seus dias secos moldados em tempo sólido
A agonia do inverno em um cuidado pálido
As poucas tardes caladas a procura de fôlego
O reencontro evitado com fantasmas incômodos
A terapia embutida nos amores recônditos
A incerteza concreta sobre um futuro insólito
A poesia encontrada num momento mecânico
As tantas cartas paradas nas respostas atônitas
O vai-e-vem calejado em tentativas biônicas
O não saber assustado feito em bomba atômica
A luz do sol diluída em noite eterna e intacta
O vir-a-ser enterrado sob uma montanha cármica
As construções permitidas na ascendência esférica
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