em milagre,
desenganada.
hoje,
assentado
em mim,
conheço o cerrado
do impossível.
na picada
rachada
a gritos -
verdades
retorcidas
em galhos
hirtos, mato.
um campo
sem sombras
esconderijos?
tudo
é sem parada:
revoada
florada
corredeira
pó.
o cerrado é
enquanto
recolho
pedras.
peças
no pra-sempre
desses todos
quebra-cabeças
Um comentário:
Cerrado?
Natureza viva quase morta;
encantadora fraude
a sustentar-se sobre colmos secos
e a inspirar homens da sua linhagem
a produzir pérolas no deserto.
Parabéns Rogério.
Lindo, o seu poema.
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