Salve, salve realeza leitora. Meu pai, que também arrisca-se em devaneios poéticos com codinomes variados, me enviou poesia para uma moça chamada Nega. Carreguei-me de dúvidas sobre que negação é essa, esse permanente estado-de-não que alguém carrega no nome. O que a Nega nega? O fato é que a poesia aí está para suas próprias impressões...
Nega
tudo o que não foi
é tudo:
vontades contadas nos dedos
medos
e nãos
são elos,
corrente arrastada,
(im)possíveis sonhos
sujas de terra
(as mãos)
ainda sulcam,
plantam
trançam ilusões
em cabelos de espigas
Nenhum comentário:
Postar um comentário