velha senhora
conquistado pátio
vapor-de-lágrima
lástima muralha
tuas veias secas
ilhas-de-solidão
fome solar
mastigado homem
vale teu dia
um troço de pão
teu pedaço de
gente é pedra
areia o teu útero
laqueado ao tempo
tu, que aprendes?
nada?
navalhas nas mãos
na amarra
alguma tentação?
velha rolha
ressecada
a tua vida
vinagre vencido
e tuas tripas
ratos-de-tróia
a rasgarem-te
devoram-te
enquanto
devora-me
velha senhora
sentido velho
cloaca
vai-te de mim
feito um
carnaval de insônia
que prepara
rasga apogeu
resiste, mas
engasga
encolhe, morre
em cinza mijada
vai-te velha
bruxa cansada
agora não.
agora eu quero
corro, durmo
falo, disparo
devoro o tempo.
devoto
das noites
valencianas
Um comentário:
poesias desde españa? a terra é inspiradora? há musas por aí? dançam flamenco? comem parrilladas? Ou é tudo isso misturado? Há influencias árabes por aí onde anda? que bom, siga inspirado e escrevendo....
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