o mundo, era do tamanho
da rua da minha casa à
escola professora Kazuco Ohara
de tão pequeno, ele era bonito
no campinho fiz meus primeiros gols
e ali experimentei o nascer da inveja:
como jogava bem o tal do Saraiva
de tão bom, a gente tinha medo
cresci em uma descida, e o
desejo era ser o time a atacar para cima
- ainda tento entender o porquê.
de tão torto, meu coração só conheceu enxurrada
naquele dia eu conheci Renata
tinha sorriso bonito e pele
que entendi morena. pouco toquei
de tão longe, evaporou de todas as tardes
foi a primeira, onde tudo ainda é.
ainda vou à escola no depois do almoço
enquanto Renata deixa a rua vazia
3 comentários:
É. Bonito esse ser por escrito. Escrever de subir e des-cer, ladeiras.
Cristiane Barreto
Cris. Tem um pedaço de mim arrastado nestes dias. Meu caderno sempre comigo, rabiscos, rabiscos, mas também muito silêncio das letras. A infância é um caminho. Sempre é. Sempre de-ser, descer à beira de onde a gente acaba por não existir. Beijo grato pela presença.
A gente tem mesmo que arrastar cada pedaço. No caminho, dar destinos a eles. Descansar da escrita te fez bem, ela retornou assim: reduzida! Escrever é.
Cris Barreto
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