terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Falta de Tino

Nos tais dos amores
nunca fiz volume de
me evitar

cada um são necessárias
armadilhas que o
tempo nunca desarmou

hora nenhuma pesei a palavra
amor em conta de
tiro atirado

não. tenho os amores no
dever de sombra fresca
na hora a pino da roça

ali é que são todas as
sonolências, gosto ralinho
de acabar o sol.

Mas o amor mesmo, no
oco cavado e seco de
cada garrafa

o amor é mal-jeito no peito
vesgueira súbita no
diário capinar

é o mais vivente de todo
tipo bravio de sagrados
desesperos

o amor é como aviso de morte
do irmão que a gente nem
não conheceu

2 comentários:

Anônimo disse...

Ainda bem que esta poesia não tem ponto final,feito aquele doce- bom demais da conta,sô,- que a gente vai roendo às escondidas,quase sempre, da gente mesmo. Que você sempre volte e continue esses versos da vida inteira.Quem sabe me conduza à retomada em todas as minhas desistências.

Anônimo disse...

Tuas poesias estão muito bonitas.
Será que sai um livro um dia?