Não esqueci Rosa
rabisco aguçado
do raso querer
e do tanto saber
deste ó-em-pó, povo
Nem desfisguei-a
ou a desli, no fundo
de meus raros juízos
Não esqueci Rosa
palavra-de-costura
em todo vão e rasgo
onde se aninha a
política deste uai
jeitão-de-gente
Nem o apaguei,
ou encabrunhei meu
gosto em filosofá-lo
Não esqueci Rosa
passarão-de-grito
carta de esgarçar
segredos que a gente
só escondeu de si
Nem acomodei-a
ou dependurei seu gosto
feito réstia do que já passei
Não esqueci Rosa
dona de rasgar picadas
por onde todo macho
já havia deitado um fracaço
em cachaça de esquecimento
Nem eu o encerrei, ou
prateleirei o guizo do
bicho que os nós acorda
Não esqueci Rosa
esse corpo de dizer anzóis
e enganchar todo furto
da prontidão que o peão
merece pra não arriar
Nem eu a perdi, ou
a verti num último gole
da água que chorei acabar
Nem não deixei poeiras
enganarem os tempos
no que destilamos ordens
Nem me fiz inquieto
Nem me mordi de incômodos
Nem me passei de Minas
Não apaguei
não desmedi
não desliguei
nem devolvi
os fardos lautos
de sabidos destinos
Não, nem nada, nonada,
eu ancorei aqui.
nem Guimarães partiu
nem me esqueci Roseni
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Muerte
Se cambió la muerte,
de un vaso roto
a un tipo oscuro de piel
que la use, así, como nada
en cada noche muda
desde que tomaste
el barco de luces
que te partió de mi.
Se cambió la muerte,
en un ocaso de mi cuerpo opaco
memoria olvidada de su risa
en un corazón sin sonido y ritmo
que no tuve entonces como
una mano a remar mi sangre
pero si un camión-mezclador
a tornarme hierra
sombra de existencia.
Poes sí, se cambió la muerte.
De un lejano destino de los hombres
en mí compañera de desayuno
- vacíos ojos rojos,
a preguntarme porque vivía
de un vaso roto
a un tipo oscuro de piel
que la use, así, como nada
en cada noche muda
desde que tomaste
el barco de luces
que te partió de mi.
Se cambió la muerte,
en un ocaso de mi cuerpo opaco
memoria olvidada de su risa
en un corazón sin sonido y ritmo
que no tuve entonces como
una mano a remar mi sangre
pero si un camión-mezclador
a tornarme hierra
sombra de existencia.
Poes sí, se cambió la muerte.
De un lejano destino de los hombres
en mí compañera de desayuno
- vacíos ojos rojos,
a preguntarme porque vivía
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Segunda-Feira
eu vivi numa
segunda-feira
quando o vampiro
do tempo
permiti atravessar
de um cheiro de
coisa esquecida
aí desfiz as
trouchas de pedras
que pesavam meu peito,
e irmanei o vôo arisco
e sem-lá dos bem-te-vis
eu vivi em tempo
naquele dia qualquer
quando fiz
saber que meus versos
são inquilinos de mim
aí eu desenhei
espaços e colori em
verde, vermelho e será
os destinos que n'outro
dia ainda escarrava o
senhorio que não conhecia
eu vivi num
sopro breve
daquela firme estação
de um ano que
escolheu por não
mais ter fim
aí eu desfiz as
malas dos fios já
grisalhos da barba
que teima me
acompanhar no ermo
renovado do meu corpo
e vivi num som
acelerado de outra
vida que se fez chegar
no arco de uma dor
que não fez mais curva
a culminar encontros
e nas caixas que esvaziei
tudo porque era
segunda-feira no quadro
azul da minha janela,
e porque nela,
eu resolvi morar
segunda-feira
quando o vampiro
do tempo
permiti atravessar
de um cheiro de
coisa esquecida
aí desfiz as
trouchas de pedras
que pesavam meu peito,
e irmanei o vôo arisco
e sem-lá dos bem-te-vis
eu vivi em tempo
naquele dia qualquer
quando fiz
saber que meus versos
são inquilinos de mim
aí eu desenhei
espaços e colori em
verde, vermelho e será
os destinos que n'outro
dia ainda escarrava o
senhorio que não conhecia
eu vivi num
sopro breve
daquela firme estação
de um ano que
escolheu por não
mais ter fim
aí eu desfiz as
malas dos fios já
grisalhos da barba
que teima me
acompanhar no ermo
renovado do meu corpo
e vivi num som
acelerado de outra
vida que se fez chegar
no arco de uma dor
que não fez mais curva
a culminar encontros
e nas caixas que esvaziei
tudo porque era
segunda-feira no quadro
azul da minha janela,
e porque nela,
eu resolvi morar
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