preferia ver de costas
onde fazia um silêncio de gente
e abraçolhar a marola dos
morros que ali ajaziam
e todo santo dia rezava
uma cachaça ardida no argumentar
que a vida é um conto
tortelongo demais, sem os capítulos
tao, dizia um verbo coxo:
que de todas as mortes
viver é a que mais trabalho enquer
e só há nela margens de sim e não
do amor descolara a ilusão de sã
"- hoje qualquer boca diz que ama
quando nos altares cupidos
só convive pressa seca em desengano
eu havi naquelas horas de cada
manhã louvada em bom dia; digo:
e a serventia dos vivos era o
apego à palavra que prometia eus
que nada vazio existia nas bocas
e se um corpo pecava aos nós,
era conta de um derrame de
certezas no fogaréu das missões"
agora já não pesava a certo
o prumo das suas vontades,
e os óculos eram sempre a
desculpa para não maisver adiantes
ia em abandono do tempo verbal
a sublimar grito em sonolência
e misturava-se nada e tanto na
tormenta diária que nele escrevia
às preferências do tempo
soçobrou o Colombo que houve em si,
para conferir-se em praia onde
uns tantos lhe rabiscavam chãos
e de tanto experimentar-se poeta
nas manhãs de domingo
acordava palavra carla, rima
infinita a vulcanear moços sorrisos
e sempre um caminho, voz:
"viver é sempre uma estrada
atravessada das pedras
que a gente mesmo pariu"
2 comentários:
Demais por lindo.
Escreva mais. Meu olhar de madrada sente falta de ler.
sua poesia tem cara e tom e madrugasdas, dos dias que virão com força.
Cris Barreto
Querido Rogerio,
Tua poesia está crescendo com você, como você. Silenciosa, perene, verdadeira. Tenho acompanhado teu trabalho aqui de quando em quando e ficado muito feliz em vê-la.
Um beijo,
Marina
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