domingo, 3 de agosto de 2008

Ensaios sobre o ver - 08

...
eu sonho...

na máquina
dos olhos
aquilo que
me opera.
tempos feito
engrenagem

passagens do
dentro e fora
hora-a-hora
abandonadas:
deixo as separações

à máquina
não se engana
inteiras plenas
percepções.
chega
até onde faltam
meus pensamentos
entende
no onde
escapo calo
minha voz

máquina-do-tempo
os olhos
do sem contorno
eterna partida
e retorno
em direção
à matilha de mim

[a imagem que acompanha a poesia conheço por máquina-do-corpo e foi gentilmente cedida por André Brandão: http://www.andrebrandao.com/]

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