Fumaça nos olhos: difícil escrever. É o porquê dos dias de pausa. Mas não se trata de poesia vazia, ou de sujeito calado. Não desisto das letras, tampouco temo errar nas novas regras gramaticais. Não, não. É mais...
A cidade está fria e cinza, mas é só nas aparências. Por aí os dias seguem na efervecência do tudo pode acontecer. São dias de disputas, onde tudo vale voto e projeto. Dias de sobe e desce. Dias da grande crise que temo e desejo. É um tempo de fazer escolhas, como são todos os dias.
Mas sérá que a gente se lembra mesmo que pode escolher? Será que a gente consegue ver diferenças? Que há uns e outros? Que há histórias em jogo? Que há telenovelas e romances disputando nossas cabeças?
Estes são dias para leituras. Tempo para exercitar os olhos em enxergar silêncios e contrários. Quero ver narizes a farejar velhas armadilhas. Eu quero ter um Outubro em homenagem à memória. E te convido a produzir perguntas. Vou começar:
Se a gente chamar uma rapoza de bem-te-vi, ela vai parar de roubar galinhas?
2 comentários:
Olá Renato. Que pausa longa...escanções na escrita?
De qualquer forma, visitei seu blog com o "escrever é diluir", "escrever é existir"...Sei lá, mas quando escrever é martelar as letras ficaram espaças. ...A Rapoza Bem- te-vi, vai continuar roubando galinhas,é certo, mas a vestimenta do nome faz escrever outras coisas. Por isso, e pela via das dúvidas, cá estou, com intimidade de leitora fã do seu blog,pedindo: pare de martelar!
Um abraço,
Cristiane Barreto
Cris. Obrigado! Demais. Entendi um tanto que precisava. Tua palavra me ajudou a descansar resistências. E escrevi. R
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