preferia ver de costas
onde fazia um silêncio de gente
e abraçolhar a marola dos
morros que ali ajaziam
e todo santo dia rezava
uma cachaça ardida no argumentar
que a vida é um conto
tortelongo demais, sem os capítulos
tao, dizia um verbo coxo:
que de todas as mortes
viver é a que mais trabalho enquer
e só há nela margens de sim e não
do amor descolara a ilusão de sã
"- hoje qualquer boca diz que ama
quando nos altares cupidos
só convive pressa seca em desengano
eu havi naquelas horas de cada
manhã louvada em bom dia; digo:
e a serventia dos vivos era o
apego à palavra que prometia eus
que nada vazio existia nas bocas
e se um corpo pecava aos nós,
era conta de um derrame de
certezas no fogaréu das missões"
agora já não pesava a certo
o prumo das suas vontades,
e os óculos eram sempre a
desculpa para não maisver adiantes
ia em abandono do tempo verbal
a sublimar grito em sonolência
e misturava-se nada e tanto na
tormenta diária que nele escrevia
às preferências do tempo
soçobrou o Colombo que houve em si,
para conferir-se em praia onde
uns tantos lhe rabiscavam chãos
e de tanto experimentar-se poeta
nas manhãs de domingo
acordava palavra carla, rima
infinita a vulcanear moços sorrisos
e sempre um caminho, voz:
"viver é sempre uma estrada
atravessada das pedras
que a gente mesmo pariu"
quarta-feira, 6 de maio de 2009
sábado, 2 de maio de 2009
Testes divinos
a vida faz excursão
pelos dramas da gente
por que nos vale um
suporte da sua existência
o teste de que o mundo
se alimenta é dos nossos
cotidianos destinos, os nós.
quando final das tardes
vem um tempo brando
em transparecer que a
gente não é mais que as
contas no colar do divino
se há Ele, é o quem evita
perder as vezes das rezas
ao acariciar tantos juízos
enquanto divaga o universo
a parir quebra-cangalhas
e a gente copeja poeiras a
esquecer de que quase vale
pelos dramas da gente
por que nos vale um
suporte da sua existência
o teste de que o mundo
se alimenta é dos nossos
cotidianos destinos, os nós.
quando final das tardes
vem um tempo brando
em transparecer que a
gente não é mais que as
contas no colar do divino
se há Ele, é o quem evita
perder as vezes das rezas
ao acariciar tantos juízos
enquanto divaga o universo
a parir quebra-cangalhas
e a gente copeja poeiras a
esquecer de que quase vale
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