a porta é fechada.
e em toda palavra
mora um quarto escuro
o pouco das falas
não é que é a gente
mesmo. Não moça.
o silêncio é a
barriga grávida
dos nossos destinos
é um menino que
vai beber da luz e
desenganar da solidão
como em toda novena,
cada conta é um pedregulho
na aragem das mãos
cada palavra uma conta
um calo no dorso do tempo,
Parrão a me cobrar.
[madrugada na roça. escuta o eco que faz]
o silêncio é um jeito
arisco de não estar
na mira das vozes
a palavra parada
tem os olhos fechados
no esconderijo de si
e o pior cego?
aquele que tem
medo de ver
porquê o querer é
só uma bala atirada.
é sem importância.
quem manda mesmo
são outros macacos,
outras resistências
2 comentários:
Que lindo!
E ainda posso ficar com a sensação de que provoquei a escrita. Risos. E ainda tem um pedacinho, até grande, que me serviu como uma luva. bons ecos! de outras resistencias, das grandes, que por outro lado e ao memso tempo, reluta, combate ,esconde e escancara. Do que perdura e nao sai da gente.
Cris Barreto
Viu? Que bom que a sua poesia não surpreenda,mas associe aquele que lê.Escrever, então, é mais que a sublimação do poeta. Éscrever é transferir emoções.
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